Bitcoin e Criptomoedas Caem Com Proibições da China

Se você é um investidor e tem acompanhado nos últimos meses e anos sobre as principais notícias do mundo que envolvem o bitcoin e as criptomoedas, já deve ter visto que algumas das maiores quedas e correções dos preços das criptomoedas são oriundas das proibições da China em relação às criptomoedas. Na última sexta-feira (24/09), a China anunciou novas proibições envolvendo o bitcoin e as criptomoedas, fazendo com que os preços das principais moedas digitais do mundo tivessem quedas significativas, assim como aconteceu com a sua capitalização de mercado. Com base nessas informações, vamos apresentar a seguir quais foram as novas proibições impostas pela China, destacando também qual foi o impacto desta medida no preço das criptomoedas.

China torna ilegais as operações envolvendo criptomoedas

Seguindo no seu combate às criptomoedas, na última sexta-feira (24/09) o banco Central da China anunciou que todas as transações envolvendo bitcoin e criptomoedas são consideradas ilegais no país. De acordo com a instituição, “As atividades comerciais relacionadas com a moeda virtual são atividades financeiras ilegais” e “põem seriamente em risco a segurança dos bens das pessoas”.

Com as declarações do Banco Central, o governo chinês deixa claro que os habitantes que estiverem envolvidos “em atividades ilegais” poderão ser processados, uma vez que estarão comento um crime. Além disso, os sites que oferecem este tipo de serviço para os chineses também são considerados ilegais. O anúncio seria a última etapa de um projeto do governo chinês que possui como objetivo eliminar as criptomoedas e qualquer tipo de transação do tipo do país. Vamos relembrar algumas etapas deste projeto do governo chinês a seguir.

Últimas etapas do projeto chinês de banir as criptomoedas

Como adiantamos na seção anterior, a proibição da China, embora tenha sido sentida pelo mercado de criptomoedas, está muito longe de ser a primeira grande proibição envolvendo as criptomoedas em território chinês. A negociação envolvendo bitcoin e criptomoedas na China é proibida desde 2019. Com essa proibição, os chineses não poderiam realizar operações com criptomoedas no país, embora as transações realizadas para o exterior ainda fossem permitidas. Em maio de 2021 uma nova onda de repressões contra as criptomoedas se iniciou, e as autoridades chinesas emitiram uma série de alertas para os compradores, repudiando as criptomoedas em geral. Em seguida, as autoridades financeiras da China notificaram os principais bancos e plataformas de pagamento do país para evitarem transações envolvendo criptomoedas.

No mês seguinte, a repressão se intensificou ainda mais e atingiu um ponto muito importante para as criptomoedas, que é o processo de mineração. Antes das proibições, a China era responsável pela maior parcela das usinas de mineração de bitcoin e criptomoedas do mundo, concentrando os maiores e mais importantes pools de mineração do planeta. A China proibiu qualquer atividade envolvendo criptomoedas, fazendo com que os mineradores tivessem que procurar novos locais para se instalarem, o que diminuiu momentaneamente a capacidade de mineração as criptomoedas e também acelerou a busca por novos locais para os mineradores, que se instalaram na Rússia, Cazaquistão e no Texas (EUA), que está sendo considerado a nova capital mundial das criptomoedas.

Por fim, nesta etapa das proibições chinesas, o governo tornou ilegais quaisquer transações envolvendo criptomoedas no país, colocando na ilegalidade pessoas e sites que realizam estas transações. Com isso, é possível perceber claros sinais de que a China está apertando de vez o cerco em relação às criptomoedas, tendo como objetivo eliminar de vez qualquer operação com criptomoedas em seu território.

Motivo para as proibições chinesas

Em um momento no qual os países estão discutindo a utilização do bitcoin e das criptomoedas (El Salvador, por exemplo, já adotou o bitcoin como moeda corrente no país), a China realiza o processo contrário em relação às criptomoedas. Isso faz com que os investidores e especialistas nos setor procurem respostas para este movimento, e existem duas vertentes para esta decisão. A primeira explicação é dada pelo governo e autoridades financeiras da China, as quais afirmam que as criptomoedas são voláteis e oferecem riscos para os seus utilizadores, por ser um investimento especulativo. Além disso, o governo chinês também avalia os riscos da utilização das criptomoedas para a realização de crimes, como a lavagem de dinheiro.

No entanto, alguns especialistas em criptomoedas e economia discordam do posicionamento do país. De acordo com esses especialistas, a intenção principal do governo chinês com a proibição das criptomoedas é fortalecer o yuan digital, moeda digital chinesa que possui um projeto ambicioso de tornar a moeda chinesa ainda mais digital.

Como ficaram os preços das principais criptomoedas?

Mesmo com as proibições que já ocorriam há anos, a China ainda detinha uma quantidade significativa de operações envolvendo as criptomoedas. Além disso, o país possui a segunda maior economia do planeta e muita influência sobre outras economias, o que certamente deixou os investidores pessimistas e preocupados com o futuro dos investimentos em criptomoedas. Com isso, o preço do bitcoin e das principais criptomoedas do mundo caíram cerca de 8% com as novas proibições, passando por uma breve recuperação após o período. Desta maneira, apresentamos ao longo desta publicação as principais informações sobre as novas proibições da China envolvendo o bitcoin e as criptomoedas. Como informamos ao longo do texto, a China já vinha reprimindo as criptomoeda há algum tempo, e este processo foi intensificado a partir do mês de junho de 2021. Com isso, as operações envolvendo criptomoedas no país foram proibidas e os mineradores de criptomoedas foram impedidos de atuar no país. Isso fez com que as criptomoedas passassem por mais um período de correção que, apesar de não ter sido tão impactante quanto algumas outras correções pelo mesmo motivo, ainda fizeram o preço destas moedas digitais cair significativamente.