Mercado de criptomoedas volta para a casa do trilhão após ascensão do Bitcoin
O mercado de criptomoedas vem passando por tempos difíceis, chegando a cair a níveis não registrados desde fevereiro de 2021. No entanto, desde que o Bitcoin teve uma leve ascensão a ponto de valer quase US$ 22 mil, o valor referente à capitalização combinada de todas as criptomoedas retornou à casa do trilhão, trazendo um cauteloso suspiro de alívio aos especialistas.
Anteriormente, o mercado experimentou uma amarga queda de US$ 1,2 trilhão para US$ 970 bilhões, despertando preocupação nos entusiastas das criptomoedas, que chegaram a mencionar o temido “inverno cripto”. Os analistas estimam que a alta inflação impulsionou o aumento das taxas de juros nos EUA, e isso acabou impactando todo o mercado de criptomoedas, que chegou a US$ 3 trilhões anteriormente e agora já está oficialmente distante da casa do trilhão.
Agora, o preço do bitcoin ajuda o mercado cripto a superar de novo a marca de US$ 1 trilhão, em meio a um cenário de alta de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Os especialistas norte-americanos citam uma espécie de pico na pressão sobre os salários, e uma continuação dessa tendência pode permitir que o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) reduza a escala de aumentos das taxas.
Ascensão do Bitcoin
De acordo com o TradingView, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) registram altas de 4,5% e 1,7% nas últimas 24 horas, respectivamente, e 9% e 14% nos últimos sete dias. No fim de junho, a maior criptomoeda do mundo experimentou uma queda de 5,27% em seu valor, o que a tirou da casa dos US$ 20 mil. Na prática, a moeda atingiu o valor de US$ 19.841, o que se dá a vários fatores, desde preocupações macroeconômicas a problemas com empresas de criptomoedas, que continuam pesando no mercado.
O Bitcoin tem sido negociado dentro de um intervalo apertado há um bom tempo, incapaz de fazer um grande movimento muito acima de US$ 22 mil. Um dos pontos que se deve observar é que a inflação continua alta, enquanto os bancos centrais também estão buscando novos aumentos nas taxas, provocando temores de uma recessão nos EUA e em outros lugares. Acontece que o Bitcoin está intimamente relacionado aos movimentos nos mercados de ações dos EUA e tende a segui-los, tanto para cima quanto para baixo, acompanhando as ascensões e quedas.
De acordo com o último relatório da CoinShares, as saídas de fundos específicos do Bitcoin totalizaram US$ 453 milhões , essencialmente eliminando todas as entradas feitas nos últimos seis meses. Em outras palavras, os investidores se sentem menos confortáveis com ativos de risco e estão deixando de lado as criptomoedas.
A estimativa é que o Bitcoin seja mantido entre US$ 17 mil e US$ 22 mil por um tempo, dadas as condições atuais do mercado. De qualquer forma, a queda nos preços nas últimas semanas eliminou bilhões de dólares em valor do mercado de criptomoedas e ainda por cima expôs grandes problemas de liquidez em empresas de todo o setor.