Inverno cripto: mercado cai a níveis não registrados desde fevereiro de 2021

A situação atual do mercado cripto é alvo de preocupações, uma vez que se depara com queda atrás de queda. Para se ter uma noção, nesta segunda (13), o valor total do mercado diminuiu US$ 200 bilhões. Além disso, o Bitcoin (BTC) teve uma queda de 12%, e seu valor já deixou a casa dos US$ 30 mil, chegando a aproximadamente US$ 24 mil (o equivalente a R$ 122 mil).

Segundo as apurações do Global Cryptocurrency Charts, a amarga queda de US$ 1,2 trilhão para US$ 970 bilhões — valor referente à capitalização combinada de todas as criptomoedas — diz respeito a níveis não registrados desde fevereiro de 2021, sendo alvo de preocupação por parte do especialistas, que chegam a mencionar o temido “inverno cripto”.

O termo “inverno cripto” (do inglês “crypto winter”) provavelmente é inspirado na série de sucesso da HBO, Game of Thrones, em que o lema da família Stark era “winter is coming”, um aviso de que um conflito duradouro poderia cair na terra de Westeros a qualquer momento.

Com isso, o inverno cripto diz respeito a um provável longo período de problemas no mercado de criptomoedas, em que se deve permanecer vigilante e preparado para o caos. Na prática, é quando os preços se contraem e permanecem baixos por um longo período. 

Os analistas estimam que a alta inflação impulsionou o aumento das taxas de juros nos EUA, e isso acabou impactando todo o mercado de criptomoedas, que chegou a US$ 3 trilhões anteriormente e agora já está oficialmente distante da casa do trilhão.

O inverno cripto tomou conta da comunidade pela primeira vez em 2018, quando o Bitcoin perdeu 50% de seu valor de mercado e outras criptomoedas, como Ethereum, tiveram uma queda notável. Os especialistas dizem que esse período geralmente começa na última alta histórica vista no preço do Bitcoin (US$ 68.990 em novembro de 2021) antes de começar a cair para seu preço atual.

Quedas no mercado cripto

Atualmente, o Bitcoin atua com o menor patamar em 18 meses, e Ethereum (ETH) opera em queda de 16%, negociado a US$ 1.236 (cerca de R$ 6,7 mil), e a preocupação dos entusiastas de criptomoedas é que as perspectivas para outras altcoins sejam ainda piores. 

Não devemos nos esquecer, por exemplo, do verdadeiro colapso que acometeu a Terra (LUNA) nesses últimos tempos: o token caiu de US$ 85 (o equivalente a R$ 430) para US$ 0,00003465 em poucos dias, quando a pressão de venda começou a aumentar. A equipe simplesmente precisou relançar a plataforma e a criptomoeda que a acompanha, mas até a ressurreição da LUNA  sofreu uma queda brusca de valor.

Outro sinal de queda no mercado cripto é a BNB, criptomoeda da Binance, que vem protagonizando um momento difícil após o início de investigações acerca de possíveis irregularidades. Desde a última terça-feira (7), o valor do token só fez cair, já que a SEC — Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio, que regula o mercado de criptomoedas nos EUA — suspeita que a exchange de criptomoedas tenha vendido títulos não licenciados em sua ICO.