Altos e baixos! Saiba como foi o lançamento da Terra (LUNA) 2.0

No último sábado (28), aconteceu o lançamento da Terra 2.0, assim como sua criptomoeda LUNA, na tentativa de deixar o recente passado obscuro de um colapso notável. No entanto, a tão aguardada ressurreição não foi bem: apenas algumas horas depois de atingir um pico de US$ 19,53 (o equivalente a R$ 92,8), a cripto sofreu uma queda brusca de valor, chegando a US$ 4,39 (R$ 20,8).

Por enquanto, a média do custo da LUNA 2.0 gira em torno de US$ 5,90 (R$ 28), sendo que na última segunda-feira (30), por exemplo, os ativos chegaram a subir 13%, alcançando US$ 6,65 (R$ 31,6), o que ainda representa uma queda de mais de 60% sobre o valor com o qual foi lançada em sua nova versão.

Do ponto de vista dos especialistas do mercado cripto, a principal razão dessa desvalorização intensa é justamente o fato de Terra ter precisado se sujeitar a essa reformulação completa. O que acontece é que os analistas estão profundamente céticos sobre as chances da Terra 2.0 ser um sucesso. O projeto deve que competir com uma série de outras redes com a infraestrutura semelhante, como Ethereum, Solana e Cardano.

É necessário entender que muitos investidores — mesmo os renomados, como o XX, que inclusive chegou a fazer uma tatuagem em homenagem à criptomoeda LUNA e defendia o projeto com unhas e dentes — tiveram um prejuízo notável. Para tentar compensar isso de alguma forma, a Terra 2.0 está distribuindo tokens LUNA através do que é chamado de “airdrop”. Trata-se de uma distribuição não solicitada de um token, de graça, para vários endereços de carteira.

A maior parte dessa cortesia está destinada a aqueles que detinham LUNA Classic e UST (a stablecoin da Terra, cujo valor teoricamente deveria ser equiparado ao dólar americano) antes do colapso. Entretanto, frente ao ocorrido, muitos investidores chegaram a apelar para a técnica de burning, desvencilhando-se permanentemente dos tokens em circulação a fim de reduzir a sua oferta, já que as criptos seguem os princípios da oferta e demanda. Frente a todo o desastre, esses investidores provavelmente não confiarão na Terra uma segunda vez, conforme palpitam os especialistas.

Para se ter uma noção, a antiga cripto e a antiga blockchain carregam o título de “Classic”, mas por enquanto ninguém tem uma ideia concreta do que fazer com esses ativos, cujo valor beira o zero. A capitalização de mercado desses tokens atualmente está na casa dos US$ 700 milhões (R$ 3,3 bilhões), o que deixa escancarado o prejuízo, uma vez que há alguns meses, o valor era de US$ 40 bilhões (R$ 190 bilhões).

O que aconteceu com LUNA Classic?

Talvez, a esta altura, você esteja se perguntando o que houve com a Terra (LUNA) para chegar a esse ponto. Basicamente, o próprio cofundador do protocolo, Do Kwon, anunciou a pretensão de comprar um total de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) em Bitcoin, para servir como reservas da UST. Essas compras resultaram em um excesso de oferta de UST, que começou a cair rapidamente quando a pressão de venda começou a aumentar.