Investidores aprovam Terra 2.0; entenda como vai funcionar nova versão da blockchain

Na quarta-feira (25), após semanas amargas, a blockchain Terra finalmente conseguiu a aprovação para a sua nova versão, para que assim possa criar uma nova forma dos tokens LUNA 2.0 Enquanto isso, a colapsada versão antiga ganha o título de “Classic”, para que não haja confusões. O lançamento está programado para esta sexta-feira (27).

Dentre os investidores envolvidos, 65,5% votaram a favor da proposta de Do Kwon, CEO do Terraform Labs. Apenas 13,2% votaram contra o projeto de relançamento da Terra, enquanto 21,3% decidiram se abster da votação. Atualmente, Kwon tem sido alvo das autoridades sul-coreanas. Apesar dos planos de reavivamento da Terra, nem todos estão convencidos, e já faz um tempo que os investidores demonstram frustrações nas redes sociais. Anteriormente, o executivo e sua equipe receberam uma chuva de críticas por alterar a proposta, depois que muitos já haviam votado no projeto original. 

Apesar de tudo, no Twitter, a página da blockchain anunciou que os novos tokens serão distribuídos aos detentores da antiga criptomoeda LUNA (agora representada como LUNAC, por causa do título Classic) e da stablecoin TerraUSD (UST), em proporções diferenciadas. Confira o plano completo, assinado pelo próprio Do Kwon.

Na prática, cerca de 30% dos tokens são destinados a um grupo de investidores na comunidade, enquanto 35% vão para quem possuía Luna e 10% para quem tinha UST, antes do colapso. Outros 10% dos novos tokens serão distribuídos para quem ainda tem Luna e 15% para UST. No entanto, algo que vale observar, é que a stablecoin passará a operar no mercado de forma independente, em relação à Terraform Labs. Antes da queda, a UST era o carro-chefe da blockchain, operada lado a lado com LUNA.

Anteriormente, acontecia da seguinte maneira: quando o preço da stablecoin UST era superior ao do dólar, a Terra incentivava que os investidores trocassem por LUNA. Quando o dólar estava mais valorizado em relação à UST, a estratégia era fazer justamente o movimento contrário. A grande promessa da TerraUSD era manter paridade com o dólar sem depender da custódia de dólares, considerando que o objetivo central do mercado de criptomoedas é a descentralização.

Terra 2.0

Com a confirmação do lançamento da nova versão da Terra e da criptomoeda LUNA, algumas das maiores plataformas de negociação de criptoativos do mercado já manifestaram apoio, como é o caso da Binance, Bitfinex, Gate.io, Bybit, FTX e Crypto.com. Isso significa que elas devem oferecer suporte ao futuro token.

“Terra é alimentado por uma comunidade apaixonada e um profundo conjunto de talentos de desenvolvedores. Muitos de vocês compartilharam pensamentos e ideias sobre a proposta, e essas contribuições levaram a melhorias significativas. Obrigado pelo seu envolvimento”, escreveu a equipe, no Twitter.

“Nossa força estará sempre em nossa comunidade, e hoje é o sinal mais retumbante de nossa resiliência. Não vemos a hora de retomar nosso trabalho juntos construindo o futuro do dinheiro”, completou. A Terra precisou desse relançamento depois de uma série de eventos dramáticos que desencadearam um declínio sem precedentes no preço de LUNA e da stablecoin TerraUSD (UST), que perdeu tanto a sua indexação que chegou ao valor de centavos.