Elon Musk ainda apoia Dogecoin, mesmo com quedas e processos

No último domingo (12), o bilionário Elon Musk anunciou — através de seu perfil do Twitter, rede social da qual é dono  — que continua apoiando a criptomoeda Dogecoin, que vem passando por tempos difíceis com direito a quedas notáveis. Na ocasião, um dos seguidores chegou a dizer que, nesse caso, o dono da Tesla deveria continuaria comprando a memecoin. Musk foi objetivo, e garantiu que faria, de fato.

Para se ter uma noção de como a situação da Dogecoin está complicada, a criptomoeda meme está atualmente valendo cerca de US$ 0,05 (o equivalente a R$ 0,26), o que representa uma queda de mais de 90% em relação a seu preço no último mês de maio (US$ 0,72, ou R$ 3,69). Como de praxe, o tweet de Musk foi responsável por uma ascensão de 8% no valor da Dogecoin, que segue respirando por aparelhos. 

Dizemos “como de praxe” porque foi assim que a Dogecoin alcançou relevância no mercado cripto: através das postagens feitas por Elon Musk no Twitter. Desde então, deixou de ser apenas um meme para se tornar coisa séria, e chegou a se tornar o sétimo lugar em valor de mercado. Entretanto, a moeda não tem lastro algum e o seu valor é atribuído somente ao tamanho da adoção. Isso quer dizer que, quanto mais as pessoas se interessam por ela, mais o seu valor sobe.

Processos

Mas Elon Musk tem mais com o que se preocupar, já que na última terça-feira (14), foi processado por um investidor da criptomoeda Dogecoin, sob a acusação de se tratar de um esquema de pirâmide. O autor do processo pede nada menos que US$ 258 bilhões de reparação (o equivalente a R$ 1,3 trilhão), e argumenta que o meme é uma fraude, vendida como um investimento legítimo, quando na verdade não tem valor algum.

“Os réus estavam cientes desde 2019 que o Dogecoin não tinha valor, mas ainda o promoviam para lucrar com sua negociação. Musk usou seu pedestal como o homem mais rico do mundo para operar e manipular o esquema de pirâmide Dogecoin para lucro, exposição e diversão”, consta a queixa apresentada em um tribunal de Manhattan, em Nova York.

Além do valor, Johnson também exige a proibição da propaganda da Dogecoin por Musk e suas empresas. A reclamação também agrega comentários de Warren Buffett, Bill Gates e outros questionando o valor da criptomoeda. A ideia do norte-americano é representar outros investidores que perderam dinheiro na Dogecoin desde abril de 2019.

“Dogecoin não é uma moeda, ação ou título. Não é apoiado por ouro, outro metal precioso ou qualquer coisa. Você não pode comê-lo, cultivá-lo ou usá-lo. Não paga juros nem dividendos. Não tem utilidade exclusiva em comparação com outras criptomoedas, não é garantido por um governo ou entidade privada. É simplesmente uma fraude pela qual ‘maiores tolos’ são enganados para comprar a moeda a um preço mais alto”, afirma o processo.

Elon Musk também parece ter uma relação hostil com o criador da Dogecoin, Jackson Palmer, que recentemente o chamou de “vigarista”. O dono da Tesla respondeu as alfinetadas sugerindo que seus filhos “escreveram um código melhor quando tinham 12 anos do que o script sem sentido que Jackson enviou”, o que chamou a atenção da comunidade cripto.