Criptomoeda brasileira WiBX passa a ser aceita como forma de pagamento em mercado de SP

Nesta semana, a criptomoeda brasileira WiBX passou a ser aceita como forma de pagamento na rede de supermercados Shibata, de São José dos Campos (São Paulo). O anúncio foi feito pelo próprio fundador da moeda digital em questão, Felipe Alexandre, nas redes sociais. Na ocasião, o CEO chegou a apontar que a forma de pagamento já contempla as 28 lojas, e que existem outras quatro redes na mira.

A WiBX foi desenvolvida pela startup Wiboo em 2015, listada desde então na exchange Mercado Bitcoin. Um de seus diferenciais é que a cripto funciona também como um utility token, o que significa que pode ser não apenas uma moeda de investimento, mas também um item de troca em clubes de compras.

Atualmente, a cotação é a seguinte: 1 WiBX equivale a cerca de R$ 0,045. Segundo demonstrativos realizados pela própria rede de supermercados envolvida na aquisição desse novo método de pagamento, 5 kg de arroz custam 444 WBX, ou seja, aproximadamente R$ 20. Enquanto isso, 1 kg de tomate é igual a 138 WBX (R$ 6,22), 1 kg de coxão mole pode ser comprado por 975 WBX (R$ 43,90), 1 kg de coxa e sobrecoxa por 276 WBX (R$ 12,90) e por aí vai. 

Durante o anúncio da aceitação da criptomoeda como forma de pagamento, os executivos da rede Shibata compartilharam da opinião de que o pagamento com criptomoedas é uma tendência global, e que a forma simplificada de pagamento é muito equivalente ao Pix, sem ruído ou atritos. Na prática, o pagamento tem sido feito da seguinte forma: o cliente passa as compras no caixa normalmente e se depara com um QR Code, que é gerado na tela do computador. Assim, o comprador deve apontar o celular no lugar indicado e pagar instantaneamente, uma vez que as criptomoedas estão integradas diretamente ao sistema de pagamentos do Shibata.

Acontece que, em 2021, o grupo responsável por controlar a rede paulista de supermercados Shibata investiu R$ 15 milhões na Wiboo, firmando assim uma sociedade. A ideia por trás do investimento era permitir que a Wiboo ampliasse sua atuação no país e viesse a aplicar inteligência artificial para os processos de identidade da plataforma sob a premissa de conter ações fraudulentas, e conduzir pesquisas com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que também fica localizado em São José dos Campos (SP).

Na época, a criptomoeda brasileira bateu recordes, ao negociar R$ 178 milhões. Começou o ano negociada a US$ 0,005 e chegou a subir 450% em quatro meses.

Recentemente, a operadora de transações com criptoativos Coin Cloud anunciou uma parceria com o grupo Carrefour para a instalação de caixas eletrônicos. Com isso,  o cliente que possuir uma carteira digital e tiver um saldo mínimo de R$ 10 pode realizar a compra de criptoativos ali mesmo, ou realizar saques, caso o saldo seja de pelo menos R$ 50. Em junção com a novidade da criptomoeda brasileira aceita na rede Shibata, pode-se considerar como um próximo passo rumo à integração das moedas digitais no cotidiano do brasileiro.