Brasil é o segundo país mais adepto a NFTs

Embora seja um momento complicado para NFTs e o mercado cripto em geral, o Brasil se consagrou como o segundo mais mais adepto ao token não fungível. A informação vem de uma consultoria alemã Statista. No ranking, o país fica atrás somente da Tailândia, e supera países como Estados Unidos, China, Canadá e Alemanha.

O relatório aponta que cerca de 5 milhões de brasileiros possuem ao menos um NFT, o que representa 2,33% da população do país, e um dos fatores responsáveis pela adesão da população brasileira a esse token está o crescimento dos jogos baseados em blockchain no modelo play-to-earn (jogar para ganhar, em tradução livre).

Nesses jogos, os usuários recebem recompensas em NFTs com base no seu desempenho e podem não só negociá-los dentro do próprio jogo como convertê-los em moedas fiduciárias por meio das exchanges.

O relatório também menciona a venda de NFTs pelos clubes brasileiros. Para se ter uma noção, recentemente o São Paulo FC utilizou a stablecoin USDC para contratar seu mais novo jogador, o argentino Giuliano Galoppo, que pertencia ao Banfield. O valor dos direitos econômicos foi de US$ 4 milhões (R$ 21,2 milhões), mas o custo total da operação, incluindo taxas e comissões, gira em torno de US$ 6 milhões (R$ 32 milhões).

O criptoativo escolhido para a transação entre brasileiros e argentinos nessa contratação de Giuliano Galoppo foi o USD Coin (USDC), uma stablecoin pareada com o dólar. Atualmente, 1 USDC está valendo o equivalente a R$ 5,27. A contratação de jogadores através de criptomoedas é um método pouco tradicional no futebol brasileiro, mas já é visto com mais frequência na Europa, por exemplo.

De acordo com o relatório, as receitas globais geradas por NFTs devem crescer 439% até 2026, em relação a 2021.

NFTs

O termo “não fungível” diz respeito à característica dessa arte digital em ser completamente única, ou seja: não pode ser substituída por outra coisa. O Bitcoin é fungível, por exemplo, o que quer dizer que é possível trocar um Bitcoin por outro e obter a mesma coisa. No caso dos NFTs, se trocar um por outro, terá algo completamente diferente.

Qualquer pessoa pode criar um NFT, mas isso custa em média US$ 70 (o equivalente a R$ 347). Para fazer isso, o primeiro passo é escolher a plataforma, configurar a carteira digital, transferir o valor necessário e então selecionar a plataforma de marketplace para vender o NFT em si, onde é possível fazer o upload do arquivo e determinar o preço, tanto fixo quanto leilão.

Os NFTs não podem ser comprados com o dinheiro usado no cotidiano, e sim apenas com criptomoedas. Portanto, o primeiro passo para quem deseja comprar essas artes cripto é criar uma conta em uma corretora como a Binance, por exemplo, que é a mais famosa do ramo.

Uma vez tendo a conta aberta, já é possível ter uma carteira digital (que também pode ser chamada de e-wallet na comunidade) e então realizar a compra das criptomoedas. A mais utilizada como método de pagamento para os NFTs é a Ethereum (ETH). Tendo a carteira devidamente abastecida com as criptomoedas, basta encontrar um marketplace especializado em NFTs, onde é possível conectar a sua carteira.