Avalanche $AVAX pode revolucionar as Finanças Descentralizadas (DeFi)

Imagem postada por originalmente em https://www.reddit.com/r/Avax/comments/hnzq0n/dear_defi_avalanche_is_coming/

As finanças descentralizadas, em inglês descentralized finance,estão se popularizando muito rápido. Geralmente as pessoas desse mercado as referenciam apenas pela sigla DeFi.
Esse sistema oferece vários serviços já existentes no mercado financeiro tradicional, porém faz isso sem intermediários e roda em cima de uma blockchain.
Um exemplo é oferecer serviços como empréstimos, que atualmente são dominados por bancos.
Também é possível criar moedas estáveis, as chamadas stable coins, como por exemplo o DAI, que é estável em relação ao dólar americano.
Essa moeda estável é gerada através da Maker DAO, que é uma DAO, abreviação em inglês de Organização Autônoma Descentralizada.
Outro exemplo seria uma corretora descentralizada, popularizada pelo termo inglês DEX (Descentralized Exchanges).

Esse novo mercado está apresentando nos últimos meses um crescimento exponencial e a quantidade de criptomoedas depositados nesses contratos inteligentes passou de $1 bilhão de dólares em junho desse ano para $6 bilhões no momento em que escrevo esse artigo.

Fonte: Defi Pulse https://defipulse.com

Nesse artigo vou ilustrar 2 exemplos de DeFis que teriam vantagens consideráveis rodando em cima da blockchain do Avalanche: Corretoras Descentralizadas e Tokenização de Dívidas Corporativas.
Esses exemplos foram ilustrados recentemente em um vídeo apresentado por Emin Gun Sirer, co-fundador do Avalanche e do AvaLabs.

  • O Problema das DEX (Corretoras Descentralizadas)


Atualmente a maneira mais comum de comprar e vender criptomoedas como o Bitcoin e o Ethereum é depositar dinheiro fiduciário (real, dólar, etc) em uma corretora centralizada como Foxbit, BitcoinTrade, Binance, entre outras.
Porém nessas corretoras a sua chave privada, ou seja, a custódia da criptomoeda, fica com a corretora.
Historicamente sabemos que muitas corretoras foram hackeadas e foram à falência não conseguindo devolver os ativos a seus clientes.
Exchanges descentralizadas tem a grande vantagem de aumentar a segurança para o usuário porque permitem que você negocie suas criptomoedas mantendo a custódia seus ativos.
Por essa razão as DEX estão crescendo muito e somente nos últimos 7 dias o volume negociado subiu inacreditáveis 74%, chegando a quase $3 bilhões de dólares de volume negociado na última semana, segundo a Dune Analytics .
Porém como são rodadas em blockchains, principalmente no Ethereum, apresentam problemas de escalabilidade pois atualmente o Ethereum possui baixa velocidade de transações (TPS) e alta latência (Segundos). Latência é o tempo entre enviar uma transação e ela ser confirmada e isso pode chega a chegar 60 minutos na blockchain do Bitcoin e 30 minutos na blockchain do Ethereum, para manter um alto nível de segurança. No melhor dos casos o mínimo no Ethereum seria de 14s, enquanto nas corretoras centralizadas isso é feito em menos de 1s.
Além disso o Ethereum possui apenas 14 TPS (transações por segundo).
Já o Avalanche consegue facilmente 4500 TPS sem perder a descentralização. Além disso o Avalanche possui latência de aproximadamente 1s com previsão de ser menor que isso em melhorias futuras.
Caso alguma DEX queira migrar para o Avalanche sem alterar todo seu código, isso pode ser feito de maneira muito rápida visto que o Avalanche possui sua C-Chain, ou rede C, em que permite rodar contratos inteligentes do Ethereum, por exemplo, com velocidade de 200 TPS.

  • Tokenização de Dívidas Corporativas requer privacidade

Uma característica de blockchains públicas como Bitcoin (BTC), Bitcoin Cash (BCH) e Ethereum (ETH) é o fato de todas as transações ficarem registrados em seu livro-razão, a blockchain, e poderem ser consultadas por qualquer pessoa.
Essa característica é essencial para utilização desses ativos como moeda para trocas comerciais simples no dia a dia pois qualquer um pode verificar se a transação foi realizada sem depender de um intermediário.
Porém para uma empresa emitir um debênture, ou dívida corporativa, é desejável que essas transações sejam privadas, pois as empresas querem manter sigilo de suas operações.
Empresas precisam atender leis e regulamentações específicas e que também costumam mudar ao longo do tempo.

Blockchains como a do Etheurem possuem somente suas regras específicas, que podem não atender às leis e regulamentações de um determinado país.
Enquanto isso o Avalanche possui flexibilidade para atender esse tipo demanda de empresas.
Além da X-Chain, a rede principal da Avalanche, que é pública, existe a P-Chain, ou rede P, em que é possível que empresas criem sub-redes privadas com suas próprias regras e atendendo todas as leis de cada país e exigências de regulamentação dos mercados financeiros.
Além disso possui flexibilidade para dar acesso somente a seus credores.
Portanto esse modelo de blockchain pública pode ser um impedimento para adoção em massa de empresas que querem buscar empréstimos no mercado.
Estamos falando de um mercado de trilhões de dólares e por isso merece uma atenção especial.
Mesmo para um libertário defensor do livre mercado, como o autor desse texto, é preciso reconhecer que para entrar em Wall Street e em mercados de todos os países do mundo, é preciso de um modelo de blockchain que permita atender às exigências e regulamentações específicas de cada país, além de atender também os sonhos de liberdade dos libertários.
Esse modelo flexível de blockchain agora existe. O nome dele é Avalanche.

Marcelo Pravatta é engenheiro eletrônico formado pela USP, coproprietário do site www.criptos.com.br , entusiasta de criptomoedas e escola austríaca de economia