App de entregas Rappi passa a aceitar criptomoedas no México

Nesta segunda-feira (11), a Rappi — empresa colombiana por trás de um aplicativo de entregas homônimo, concentrado em comida e outros produtos, como remédios — anunciou planos de aderir às criptomoedas na plataforma. Os primeiros testes devem acontecer no México, e por enquanto não há previsão para o início de testes no Brasil.

Por trás dessa nova forma de pagamento estão as plataformas de criptomoedas Bitpay e Bitso, que ficam responsáveis por permitir que os usuários transformem as criptos em créditos dentro do próprio aplicativo para fazer compras.

No anúncio oficial do início dos testes voltados à utilização de moedas digitais dentro da plataforma de entregas, o próprio presidente da Rappi, Sebastian Mejia, explicou que nesta primeira fase, a decisão foi “construir um produto que permita a consumidores conectar suas carteiras digitais e contas em exchanges para converter criptomoedas em créditos Rappi e, desta forma, acessar todos os produtos disponíveis dentro da plataforma”. O executivo chegou a mencionar que este seria “um primeiro passo que nos permitirá aprender e continuar incorporando o mundo das criptomoedas” à empresa em questão.

Isso pode significar que, ainda que por enquanto as transações com criptomoedas funcionem apenas para a compra de créditos na plataforma, a intenção é que estender o uso do ativo com o passar do tempo, o que pode representar mais um passo rumo à utilização das moedas digitais para o dia-a-dia, um hábito que ainda pode ser considerado raro, de modo geral. Ainda é um projeto piloto, então o desfecho deve seguir a adaptação dos próprios usuários mexicanos diante de tal novidade. 

Não é a primeira vez que a plataforma se aventura em novos métodos de pagamento que fogem da regra cartão/dinheiro/pix: no ano passado, o México protagonizou a campanha Pay with Rappi, criada sob a premissa de proporcionar a possibilidade de pagar online, como uma espécie de Paypal da própria empresa de entregas

Criptomoedas nos aplicativos

Também não é a primeira vez que se vê a adesão às criptomoedas como um método de pagamento em um aplicativo usado no dia-a-dia. No Brasil mesmo, a 99 — uma empresa de viagens particulares por aplicativo, concorrente da Uber — deu início à 99Pay, uma carteira digital dentro do próprio app, com o objetivo de democratizar o acesso e incentivar o ingresso no mercado de criptomoedas. Em uma das  iniciativas da empresa diante do novo método de pagamento foi o cashback em Bitcoins.

Na prática, o usuário comprava frações de  Bitcoin e ainda recebia um adicional de 40% do valor investido em cashback também em Bitcoin. Para impulsionar a proposta da carteira digital dentro do app, a 99 ainda chegou a dar R$ 50 em Bitcoin para quem indicasse um amigo a baixar.

No último mês de dezembro, a Meta (empresa que anteriormente atendia como Facebook) começou a testar a carteira digital própria, Novi, dentro do WhatsApp. Na ocasião, apenas usuários dos Estados Unidos tiveram acesso à possibilidade de negociar a stablecoin USDP, da Paxos. O USDP foi projetado para ter um valor estável em relação ao dólar americano, o que quer dizer que 1 USDP equivale a US$ 1.