PicPay passa a permitir pagamentos com criptomoedas e lança a própria stablecoin
O banco digital PicPay planeja inserir as criptomoedas no dia a dia de seus clientes, o que pode ser visto através de duas novidades no mercado de cripto, anunciadas nesta segunda-feira (11). A ideia é que seja possível armazenar e comprar criptomoedas pelo PicPay, aprender a investir em cripto no app e até utilizá-las como método de pagamento.
No entanto, o banco decidiu entrar nesse nicho com os dois pés na porta, já que anunciou também uma criptomoeda própria do PicPay. Trata-se de uma stablecoin, ou seja, moeda virtual que vai ter o seu valor equivalente ao real.
No anúncio, a equipe menciona que considerando apenas as três maiores exchanges (ou corretoras de criptomoedas) do Brasil, que representam cerca de 95% das transações no país, até dezembro de 2021 eram 1,4 milhão de cadastros, contra 619 mil pessoas físicas na B3. Os investidores pessoa física foram responsáveis por 90% dos contratos atrelados a criptoativos registrados na bolsa no primeiro trimestre de 2022.
O cofundador do PicPay e vice-presidente de Tecnologia e Produtos do aplicativo, Anderson Chamon, afirmou durante o anúncio oficial que ainda há muita complexidade no mundo cripto, e o objetivo é tornar isso tão fácil quanto usar dinheiro. Para isso, o PicPay criou uma unidade de negócios totalmente dedicada a cripto.
“Temos fortes planos de crescimento para ela, com a contratação de novos talentos que atuem tanto em cripto quanto em Web3”, afirmou o vice-presidente.
Segundo Chamon, o cripto vai muito além de um investimento, e é uma forma de descentralizar e facilitar pagamentos e serviços financeiros de forma geral. “Queremos ser a empresa que vai popularizar cripto para de fato colocá-la no dia a dia das pessoas”, declarou.
Nas palavras do vice-presidente de tecnologia, com a tecnologia blockchain e as criptomoedas, o processo se torna mais ágil e também muito mais simples. “Existem muitas outras oportunidades de uso de criptomoedas para serviços financeiros. Um exemplo é como uma nova modalidade de empréstimo pessoal. Acreditamos que, cada vez mais, cripto tende a se tornar algo mais tangível no cotidiano das pessoas, tão simples quanto o dinheiro”, apontou.
No comunicado, o executivo ainda falou sobre o chamado “inverno cripto”, que provocou uma forte desvalorização das principais moedas: “O cenário da economia mundial, como a alta das taxas de juros, tem pesado sobre os investimentos em criptomoedas, assim como em outros ativos de risco, inclusive a bolsa de valores. Apesar disso, a proposta tecnológica desse mercado ainda é a mesma. Acreditamos que as criptomoedas vão voltar a crescer à medida que novas formas de utilizá-las apareçam e se tornem comuns”, opinou.
PicPay no mercado cripto
A primeira novidade do PicPay para o mercado de criptomoedas será uma exchange. “O usuário que quer saber onde comprar criptomoedas vai poder fazer tudo pelo app, com uma experiência muito simples, prática e segura. As duas maiores moedas do mundo, Bitcoin e Ether, vão estar disponíveis, além da USDP, uma criptomoeda lastrada em dólar”, pontuou o executivo.
Em seguida, o PicPay também pretende lançar a sua própria criptomoeda lastreada em real. A empresa garante que, ainda em 2022, o usuário poderá pagar e receber criptomoedas, fazer transferências com cripto e armazená-las no banco em questão.