Nubank anuncia serviço de compra e venda de criptomoedas

Na última quinta-feira (12), o Nubank anunciou o lançamento de um novo serviço de compras e vendas de criptomoedas. A princípio, a fintech pretende trabalhar apenas com Bitcoin e Ether (da rede blockchain Ethereum), mas tudo ainda está em fase de testes, e a ideia é que o sistema seja liberado aos poucos para os clientes, ao longo dos próximos meses. 

Na prática, os correntistas se deparam com a possibilidade de comprar as moedas digitais por meio do próprio saldo da conta, em qualquer dia e horário, inclusive durante os finais de semana. Para que isso possa entrar em vigor futuramente, o banco digital adicionou a aba “Cripto”.

“O Nubank Cripto chegou para democratizar o acesso a este universo para quem quiser fazer parte dele, tirando a complexidade desse mercado. Além disso, queremos te dar as informações necessárias sobre como funcionam as criptomoedas e quais os riscos envolvidos para que você tome as melhores decisões para o seu dinheiro”, escreveu a empresa, em comunicado.

Para esse lançamento, o Nubank conta com a parceria da Paxos, uma exchange especializada em criptomoedas — a mesma fintech que possibilita serviços de criptomoedas do Mercado Livre no Brasil. Com isso, a proposta geral da adesão a esse novo nicho é “dar mais um passo na missão de oferecer mais serviços e produtos financeiros de uma forma descomplicada”. 

No comunicado, a equipe do Nubank afirma que optou pelo Bitcoin justamente por ser a maior criptomoeda do mercado, pelo peso que tem no mercado e pela tecnologia que representa. Apesar de tempos tão instáveis, a empresa chega a descrever a moeda digital como “a mais sólida do mercado”. 

Por sua vez, a escolha da Ether é por esta ser a segunda maior criptomoeda do mundo, representando quase 20% do mercado de cripto. “Na rede Ethereum é possível fazer transferências de ativos entre pessoas e empresas, sem intermediários, e criar aplicativos dentro de ambientes seguros”, justifica a fintech.

Na prática, o Nubank vai permitir que seus clientes invistam a partir de R$ 1. No entanto, como a própria marca ressaltou no Twitter, não haverá possibilidade de sacar para a própria carteira, pelo menos por enquanto — para o desagrado de muitos clientes.

E por falar em investimentos, o banco digital brasileiro anunciou que deve alocar cerca de 1% do seu caixa em Bitcoin. Segundo o balanço mais recente da empresa, do quarto trimestre de 2021, a posição de caixa e equivalentes ao fim de dezembro era de US$ 2,7 bilhões, cerca R$ 13,8 bilhões. Apesar da estimativa, a empresa não chegou a anunciar oficialmente qual seria o valor exato direcionado à cripto.

“Hoje, a América Latina é a região que cresce de forma mais acelerada na adoção de criptomoedas em todo o mundo”, declarou o Nubank em comunicado à imprensa. O Nubank surgiu em meados de 2013, quando o empreendedor colombiano David Vélez, que morava em São Paulo, percebeu as burocracias de se abrir uma conta bancária aqui no Brasil. Com isso, surgiu o banco concentrado no digital,”para acabar com a complexidade dos bancos tradicionais e devolver o controle da vida financeira nas mãos de cada um”, conforme a própria descrição no app.