Moedas do Mundo Que Mais se Desvalorizaram Nos Últimos 20 Anos
Em publicações anteriores, foram apresentadas algumas das moedas que menos se desvalorizaram ao longo dos últimos 20 anos. Além de uma breve explicação sobre as moedas, também foram apresentados alguns dos principais fatores quer podem contribuir para tornar estas moedas fortes. Como mencionamos anteriormente, apenas um fator pode levar ao fortalecimento de uma moeda. Apesar disso, as moedas mais fortes do mundo normalmente são fruto de uma grande combinação de fatores econômicos e financeiros. Nosso foco de hoje será apontar as moedas que mais se desvalorizaram nestes últimos 20 anos, apresentando uma breve descrição sobre a moeda e sobre o país em que a moeda é utilizada. Além disso, também traremos uma breve seção explicando o porquê de não mencionarmos as criptomoedas nos rankings de valorização e desvalorização.
Moedas que mais se desvalorizaram nos últimos 20 anos
De uma forma geral, os critérios que tornam uma moeda fraca e promovem a sua desvalorização estão diretamente ligados aos critérios que listamos para a valorização das moedas dos países. Portanto, não vamos tratar novamente sobre estes critérios e apresentaremos a seguir as moedas que mais se desvalorizaram ao longo das duas últimas décadas.
- Bolívar Venezuelano: Sem dúvidas, o bolívar venezuelano, que é representado pela sigla VES, foi uma das moedas que mais se desvalorizou ao longo das últimas duas décadas. Em função dos problemas econômicos enfrentados pela Venezuela, a moeda oficial do país se desvalorizou abruptamente durante os últimos anos, tendo uma variação total absurda. Enquanto 1 VES equivalia a 1,53 dólares no início dos anos 2000, a mesma moeda é cotada a 0,0000004 dólar atualmente, o que demonstra uma das mais significativas desvalorizações já encontradas na história. Sendo assim, são necessárias muitas mudanças na economia do país para que a moeda venezuelana volte a se recuperar.
- Peso Argentino: O peso argentino, representado pela sigla ARS, é mais uma moeda sul-americana que passou por um forte processo de desvalorização ao longo dos últimos anos. Em especial na última década, a moeda argentina se desvalorizou consideravelmente, e um dólar que praticamente equivalia a 1 peso argentino no início dos anos 2000, é atualmente negociado a 93,13 pesos argentinos. Para se ter uma noção do quão acentuada foi a desvalorização da moeda argentina nos últimos anos, em 2013 um dólar era negociado a pouco menos de 5 pesos argentinos, retratando como a moeda argentina se desvalorizou intensamente em pouquíssimo tempo.
- Real brasileiro: Embora não tenha sofrido variações tão grandes quanto as outras moedas apresentadas até aqui, o real, que é moeda oficial do Brasil, também tem enfrentado um processo gradual e constante de desvalorização da moeda nestes últimos anos. Enquanto 1 dólar era cotado a R$ 1,73 no início dos anos 2000, a moeda americana é negociada atualmente a R$ 5,47, embora tenha beirado os R$ 6,00 há pouquíssimo tempo atrás. Com isso, podemos observar um processo gradual de desvalorização da nossa moeda ao longo dos últimos anos e, em especial, da última década.
- Guarani Paraguaio: O guarani é a moeda oficial do Paraguai e mais uma moeda sul-americana que tem enfrentado um processo acentuado de desvalorização nos últimos 20 anos. Embora tenha passado por alguns pequenos processos de valorização da sua moeda em relação ao dólar, no geral, o guarani paraguaio enfrentou muita desvalorização neste intervalo de tempo. Visto que 1 dólar americano era negociado a 3500 guaranis no início dos anos 2000 e, atualmente, a moeda americana é negociada a 6501,54 guaranis, podemos dizer que o processo de desvalorização da moeda Paraguai foi considerável, mesmo não possuindo diferenças tão grandes quanto o bolívar venezuelano, por exemplo.
- Xelim Ugandês: O xelim ugandês, representado pela sigla UGX, é a moeda oficial da Uganda e o único país desta lista que não está localizado na América do Sul. Assim como o guarani paraguaio, a moeda do país africano passou por uma desvalorização menor que os outros países desta lista, embora sua desvalorização tenha acontecido de uma forma mais constante. Enquanto 1 dólar equivalia a pouco mais de 1900 xelins ugandeses, a mesma moeda está sendo negociada atualmente por 3600 xelins ugandeses, o que representa uma desvalorização significativa na moeda de Uganda.
Por que o bitcoin e as criptomoedas não entraram nestas listas?
Ao chegarmos até este ponto, você deve estar perguntando o motivo que as criptomoedas não foram incluídas nestes rankings (em especial no ranking de valorização das moedas). Embora as criptomoedas sejam opções cada vez mais interessantes de investimento e que podem ser utilizadas para a realização de transações comerciais como a aquisição de bens e a contratação de serviços, existe uma grande diferença entre as criptomoedas e as moedas fiduciárias já mencionadas. A principal diferença é que, as criptomoedas, não são emitidas por nenhum país específico, o que invalidaria as comparações de valores que realizamos ao longo destas publicações. Além disso, as criptomoedas não são influenciadas pela maioria dos fatores que mencionamos na publicação anterior, uma vez que os fatores afetam os países e as criptomoedas poderiam (ou não) ser afetadas.
Se formos rigorosos com o intervalo de tempo da comparação, também não conseguiríamos utilizar as criptomoedas nesta lista. Afinal, uma vez que utilizamos 2 décadas para a comparação das moedas fiduciárias, as criptomoedas existem há pouco mais de 10 anos, o que diminuiria o nosso intervalo de tempo de comparação. Ainda assim, se formos considerar a valorização das criptomoedas ao longo da última década, as criptomoedas liderariam o ranking de valorização com folgas, visto que o ganho de valor das criptomoedas foi expressivo nestes últimos anos.
Desta maneira, foram apresentadas nesta publicação as moedas que mais se desvalorizaram ao longo dos últimos 20 anos. Ao avaliarmos os países que passaram por essa desvalorização, podemos encontrar sérios problemas no setor econômico de cada país, sendo necessária a realização de reformas e a adoção de medidas que recuperem a economia do país e passem a valorizar a moeda destas nações. Além disso, também foram explicitados os motivos pelos quais não podemos incluir as criptomoedas nestas listas, já que as criptomoedas não são emitidas por nenhum país específico e não estão sujeitas às condições que mencionamos anteriormente. Deste modo, você tem conhecimento sobre mais uma importante forma de investimento, podendo diversificar a sua carteira de investimentos ainda mais! Resta ao investidor averiguar quais moedas possuem um maior potencial de valorização para os próximos anos!