Empresário polemiza ao queimar obra de R$ 53 milhões de Frida Kahlo para promover NFTs
Um empresário norte-americano chamado Martin Mobarak, CEO e fundador da Frida.NFT levantou polêmica nesta semana ao queimar uma obra de Frida Kahlo avaliada em R$ 53 milhões, para promover os NFTs da artista, de acordo com o El País. A ideia é vender 10 mil tokens não fungíveis para arrecadar recursos para a caridade.
Na ocasião, o empresário destruiu completamente a versão original de “Fantasmones Siniestros” como uma forma de promover as 10 mi peças em NFT disponíveis em seu site, “única conexão autêntica” do público com o quadro. O ato foi filmado e presenciado por uma plateia que aplaudiu enquanto o desenho se desfazia em uma taça de martini cheia de combustível.
O evento em que o quadro foi destruído aconteceu em julho deste ano, em Miami. O empresário afirma que a pintora “foi eternizada em NFT” e que a destruição de sua obra foi um ato de “revolução” que ajudará “a resolver alguns dos maiores problemas mundiais em homenagem a ela”.
No entanto, a situação não foi bem recebida por parte do público. Para se ter uma noção, o Instituto Nacional de Belas Artes mexicano chegou a afirmar, em comunicado: “No México, a destruição deliberada de um monumento artístico constitui um crime nos termos da lei federal sobre monumentos e zonas arqueológicas, artísticas e históricas.”
“Todas as informações necessárias estão sendo averiguadas para podermos precisar se a obra destruída era o trabalho original ou uma réplica”, concluiu o comunicado. Segundo o órgão, o Palácio de Belas Artes, que serviu como espaço para o funeral de Frida, ainda não recebeu nenhuma doação de Mobarak ou de sua empresa de NFT.