Bitcoin apresenta menor nível desde 2020
A semana não começou fácil para o mercado cripto, em especial o Bitcoin, que experimentou o nível mais baixo desde 2020. Nesta manhã, o token atingiu um valor de US$ 18,3 mil (o equivalente a cerca de R$ 95 mil), ou seja: a queda foi de 7,4%.
Na semana passada, após chegar a superar os US$ 22 mil, o Bitcoin passou por uma queda notável após um dado decepcionante da inflação americana medida pelo CPI.
Em paralelo, o Ether caiu para 6,6%, lutando para manter a marca de US$ 1,3 mil (cerca de R$ 6,7 mil). Segundo informações do Bloomberg, moedas como XRP e Polkadot registraram perdas mais notáveis.
O site ressalta que o valor de mercado das criptomoedas caiu mais de US$ 70 bilhões nas últimas 24 horas, para US$ 941 bilhões. Para se ter um parâmetro, em 2021, esse valor chegou a US$ 3 trilhões, o que se apresenta muito distante do que é visto atualmente.
O mercado apresenta tensão, já que se espera um aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve para combater as pressões de preços, e o valor do Bitcoin caiu em meio a algumas especulações de que declarações na semana passada do presidente da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos), Gary Gensler, sugeriram que a nova estrutura poderia atrair regulamentação extra.Recentemente, algo que vem movimentando o mercado cripto tem sido a atualização do Ethereum, The Merge.
Na prática, a rede mudou para um novo modelo operacional mais ecológico. Para se ter uma noção, a ideia é que o consumo energético seja reduzido em 99,9%. Antes da fusão, o consumo anual de energia da Ethereum era comparável ao do Chile, e sua pegada de carbono era semelhante à de Hong Kong, de acordo com o Índice de Consumo de Energia Ethereum da Digiconomist.
Preocupações no mercado cripto
As preocupações sobre o mercado cripto não vêm de hoje. Anteriormente, o mercado experimentou uma amarga queda de US$ 1,2 trilhão para US$ 970 bilhões, despertando preocupação nos entusiastas das criptomoedas, que chegaram a mencionar o temido “inverno cripto”.
Os analistas estimam que a alta inflação impulsionou o aumento das taxas de juros nos EUA, e isso acabou impactando todo o mercado de criptomoedas. Em julho, o Bitcoin ajudou o valor de mercado a retornar na casa do trilhão.